O objetivo deste trabalho foi investigar, numa turma de licenciandos da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE) cursando a disciplina: Fundamentos e Vivências em Práticas Interdisciplinares, quais as condições, obstáculos e possibilidades, para que a ciência contemporânea contribua para a necessária renovação do ensino de ciências. Para tanto se recorreu ao caso dos fractais tendo como fundamentação a Interdisciplinaridade de Hilton Japiassu, a Teoria do Pensamento complexo de Edgar Morin e a Teoria dos Construtos Pessoais (TCP) de George Kelly que tem como base um postulado fundamental e onze corolários. Para a metodologia, este trabalho utilizou-se, mais especificamente, do sétimo corolário da TCP, chamado de corolário da experiência, evidenciando que o sistema de construção de uma pessoa muda quando ela sucessivamente constrói a réplica dos eventos. Nesse sentido, a unidade da experiência é, portanto, um ciclo que contém cinco fases: antecipação, investimento, encontro, confirmação ou desconfirmação e revisão construtiva o que oportuniza engajar o licenciando em um processo de interpretação e reinterpretação da realidade. Tradando-se de uma pesquisa qualitativa e tendo como viés condutor o aprofundamento da compreensão dos fenômenos que investiga, buscou-se uma análise rigorosa e criteriosa dos dados coletados e fez-se uso da Análise Textual Discursiva (ATD). Percebeu-se que a postura moderna tradicional, o rigor matemático dos alunos e as relações predominantemente clássicas estabelecidas entre o conceito e adequação ao mundo atual foram enriquecidas por uma postura onde o diálogo com a incerteza favorece o conhecer e o pensar e que é a partir das relações mais complexas que a percepção de interdependência se sobressai, bem como as ideias da ciência contemporânea.