Este trabalho objetiva ‘Investigar As relações entre brincadeira e aprendizagem nos anos iniciais do Ensino Fundamental, sob a perspectiva de crianças desse nível de ensino’. Focalizamos como sujeitos do trabalho, quinze crianças que tinham, em média, de 6 a 8 anos de idade e, como lócus, o Núcleo de Educação da Infância/UFRN. Ao longo desse trabalho, utilizaremos uma metáfora a História de Alice no País das Maravilhas. Vinculamos o nosso percurso metodológico à abordagem qualitativa de pesquisa, utilizando como instrumento de construção de dados a entrevista narrativa e a observação. Para as nossas análises, transitamos na relação teoria/prática, estabelecendo um diálogo com autores como: Piaget (1976), Kramer (1993), Brougère (1997), Vygotsky (1998), Kishimoto (1999), Borba (2007), etc. A partir da análise das entrevistas e das observações, percebemos que as crianças proferem que: a brincadeira é uma atividade importante; que os professores devem saber fazer brincadeiras; proporcionar momentos para que ela aconteça e que a brincadeira é uma atividade cultural. Eles destacam também que a brincadeira é uma atividade específica de crianças. As crianças ouvidas além de definirem o que é brincadeira e falarem da sua especificidade dizem gostar muito dessa atividade, pois proporciona muita diversão e aprendizagens. Elas aprendem a se divertirem mais e conviver mais com os amigos, aprendem as regras das brincadeiras, aprendem também a dividir os brinquedos com os amigos, enfim, aprendem muitas coisas. Na nossa compreensão, a fala das crianças poderá se constituir em referências norteadoras para o desenvolvimento de práticas pedagógicas significativas no Ensino Fundamental.
Palavras-chave: Criança. Brincadeira. Linguagem. Ensino Fundamental.