Objetivos: Verificar, através de revisão bibliográfica, estudos que envolvessem a participação no contexto escolar da família junto à criança com paralisia cerebral, assim como registrar as consequências físicas da patologia, identificar os fatores facilitadores e as barreiras no desenvolvimento escolar destas crianças. Método: Este trabalho consiste em uma revisão de literatura, sendo pesquisados artigos de periódicos indexados nas seguintes bases de dados científicos na Biblioteca Virtual em Saúde: Scientific Eletronic Libray Online e Literatura Científica e Técnica da América Latina e Caribe. Esta busca priorizou estudos publicados sobre a inclusão de crianças com paralisia cerebral, englobando a participação da família. Resultados: A escola é um veículo de transferência e criação cultural, além de representar uma área de construção de cidadania, apresentando-se desta forma, como um dos espaços de maior potencial para a produção de inclusão/exclusão escolar. Vista como primeiro ambiente fora do âmbito familiar, esta recepciona e coloca o futuro adulto na esfera das relações sociais; por este motivo, possui importância nas primeiras experiências vividas pela criança no seu interior que serão decisivas para a construção do modo desse individuo se colocar no mundo, nas relações com o outro e frente ao conhecimento e ao ato criativo. A família exerce importante influência no desenvolvimento da criança e o adolescente, sendo assim a obtenção de apoio da família repercute positivamente na qualidade de vida de indivíduos com paralisia cerebral. A colaboração dos pais, tanto para o estabelecimento dos objetivos, quanto para a obtenção dos resultados, deverá favorecer a compreensão do ato de cuidar e da educação como uma responsabilidade compartilhada entre todos, família, professores e profissionais da saúde Tornar-se família de uma criança com paralisia cerebral é um processo complexo. A incompreensão, ou até mesmo a negação das necessidades especiais decorrentes da paralisia cerebral, por parte dos familiares, pode levar a uma postergação do início do tratamento e ao aumento das dificuldades vivenciadas pela família para prestar os cuidados à criança com necessidades especiais, bem como a perda de um tempo precioso de estimulação física e cognitiva à criança. Assim, as atitudes e expectativas dos pais e cuidadores da criança com paralisia cerebral exercem muitas vezes influências negativas sobre sua independência funcional. Conclusão: Evidencia-se que a bibliografia referente à forma de participação familiar no processo de tratamento é escassa. Com isso, sugere-se a realização de novos estudos que avaliem efetivamente a participação e envolvimento de familiares/cuidadores no tratamento de crianças com paralisia cerebral, assim como, sua inclusão escolar. Porém, para fins desse estudo, a literatura aponta que é necessária a intervenção da equipe e família com essas crianças, em seu contexto escolar para aquisição de uma maior independência e autonomia.