Resumo: o trabalho discute a relação entre a gestão escolar democrática e o poder. Trata-se de um artigo de revisão bibliográfica, cujas fontes primárias de dados foram livros, revistas, periódicos e sites da internet relacionados à temática. Parte de uma concepção [foucaultiana] de que o poder é disperso e não está localizado num ponto específico, o que significa que pode ser exercido por qualquer sujeito. Destaca que a gestão escolar democrática é atravessada por relações de poder. O fato do poder estar disperso na instituição escolar cria possibilidades de participação, haja vista que os sujeitos que a compõem podem exercê-lo ao participar. A proposta deste trabalho é apresentar uma perspectiva de gestão escolar democrática a partir da noção de participação enquanto exercício do poder. Para tanto, está embasado em autores como Foucault (1992), Paro (2004, 19997), Lima (2001), Bordignon (2004) e Bordenave (1994). Parte de uma concepção de sujeito autônomo que não é apenas oprimido pelo poder, mas que o exerce, uma vez que ele [o poder] não se exerce apenas de cima para baixo. Sendo assim, há a possibilidade de exercício do poder pelos sujeitos integrantes da instituição escolar e da comunidade na qual a mesma está inserida. Chega-se a conclusão de que a gestão escolar democrática é um espaço de exercício do poder coletivo, rejeitando-se a ideia de poder compartilhado em favor de uma possibilidade de exercício do mesmo, o que reafirma a autonomia dos sujeitos [e da instituição escolar] como fundamento da democracia escolar.