Este estudo bibliográfico analisa o impacto da cultura do selfie na sala de aula. Em que pesem os esforços da instituição escolar que resiste às mudanças temporais, estamos na era digital, embora, os professores, em sua maioria permaneçam na era analógica e dela não pretendam sair. Estamos diante de um contrassenso. Os jovens contemporâneos vivem, expressam-se na cultura do selfie – um modus operandi de ser, estar e agir por si mesmo. A autonomia foi descoberta pelo sujeito que vive em ambientes hipermidiáticos e ele se apropriou dela como nunca o fez antes. E conquistou a perseguida autonomia intelectual tão discutida, exaltada e necessária para o processo de apreensão do conhecimento. Só que temos um nó a ser desatado: o professor e a instituição escolar, de todos os níveis, precisam chancelar esse novo modus operandi, uma vez que implica em novos comportamentos, inclusive linguísticos. É justamente isso que apontam os resultados obtidos deste estudo, ou seja, os comportamentos dos jovens foram moldados pela cultura tecnológica, em contrapartida, o sistema educacional não acompanhou a mudança, e o que é pior não reconhece tais comportamentos como adequados à instituição escolar, como se em algum momento esta mesma instituição reconhecesse outro modo que não o que ela estabelece como único e aceitável como correto, mas que nunca representou os seus agentes e hoje muito menos.