Este trabalho é parte de um projeto de pesquisa concluída com um estudo de caso de uma turma, na qual se destacam as tarefas de seis grupos de alunos e, em especial, o acompanhamento de um mesmo grupo de quatro alunos durante todo o projeto. A nossa proposta, com essa pesquisa, foi a de explorar materiais manipuláveis na formulação e resolução de problemas matemáticos, analisando como os alunos do Ensino Fundamental, em uma turma do 6º Ano, concebem, formulam e resolvem problemas matemáticos a partir dos materiais: Ábaco, Material Dourado, Geoplano, Material Cuisinaire e o Estojo de Peças de Frações da Experimentoteca da USP. As evidências são recolhidas por múltiplas fontes: Entrevistas semi-estruturadas com a professora da turma e os alunos; posteriormente ocorreram cinco sessões de formulação e resolução de problemas matemáticos dos alunos; Observação Direta, produzindo notas de campo em forma de reflexão sobre a prática do pesquisador em algumas sessões, a fim de ajudar na compreensão sobre como os alunos se relacionam; Observação Participante com diálogos audiogravados e transcritos, além de respostas aos questionários. Os resultados mostram que os alunos formulam problemas abertos, ocorrendo uma modificação estrutural quanto aos exercícios. As sessões mostraram que os alunos são capazes de formular e resolver a partir dos materiais manipuláveis. Utilizam conteúdos matemáticos em que os alunos da Paraíba apresentam desempenhos insatisfatórios e dificuldades anteriormente, como Porcentagem, Frações, Área e Perímetro. As reflexões sobre a prática do pesquisador foi um ponto positivo tanto para ajuda nas análises dos dados, como na mudança de concepções do pesquisador para futuras abordagens. Além de tais atividades potencializarem a utilização dos diversos materiais manipuláveis como elos entre a realidade e as ideias matemáticas.