Ainda hoje, a feira livre é um dos mais importantes mecanismos de comercialização de alimentos, constituída pela grande diversidade de produtos e preço. A feira livre apresenta graves problemas que são motivos de preocupação em virtude de suas deficiências higiênico-sanitárias. Tem-se como principais problemas a falta de higiene e a má estrutura das barracas. A carne seja ela bovina suína ou avícola, entre outras, é um dos produtos de origem animal mais consumido como fonte proteica por todas as famílias. Mesmo que obtida de animais sadios, a qualidade da carne depende não só da microbiota natural e de contaminantes patogênicos e deterioradores, como também da higiene no processo produtivo e beneficiador, pois a matéria prima sofre deterioração proteica logo que termina o processo de rigor mortis. Os estabelecimentos de derivados cárneos sejam eles comerciais ou de beneficiamento devem possuir condições higiênico-sanitárias para impedir os fatores favoráveis à multiplicação de microrganismo ou outros efeitos danosos. O presente trabalho teve como objetivo Avaliar as condições higiênico-sanitárias de carnes comercializadas em feiras livres do município de União dos Palmares – Alagoas. Para tanto se aplicou um check list que visava obter informações sobre as condições higiênico-sanitárias dos manipuladores e estabelecimentos, com base nas RDC 275 e RDC 216. Verificou-se que cerca de 45% dos manipuladores não usavam aventais apropriados para executar a atividade em questão, sendo observado também que cerca de 90% dos feirantes realizam alguma refeição durante o trabalho. Cerca de 75% dos vendedores não se apresentavam aparentemente limpos, além disso, em todas as barracas os vendedores que manipulavam os alimentos recebiam simultaneamente o pagamento das vendas, além do uso de adornos como relógios, bonés, pulseiras, anéis entre outros. Portanto, pode-se concluir que o ambiente e a forma de comercialização de carnes na feira livre de União dos Palmares/AL encontram-se precária. Diante disso faz-se necessário que sejam adotadas medidas corretivas para que se obtenham melhorias na qualidade dos alimentos vendidos bem como, nas condições de trabalhos dos próprios feirantes.