RESUMO – Um dos problemas mais sérios que afetam o meio ambiente é a poluição de natureza química, devida a compostos orgânicos ou inorgânicos, provenientes das diversas atividades industriais. As argilas apresentam viabilidade técnico-econômica decorrente dos seus potenciais de adsorção que, associados as suas disponibilidades, as tornam adsorventes de baixo custo. Por outro lado, na sua forma natural não possui afinidade com compostos orgânicos. Buscou-se desenvolver um material destinado a remoção de compostos orgânicos, empregando argilas provenientes do município de Boa-Vista/PB. As argilas organofílicas foram preparadas, visando uma efetiva troca catiônica nas suas regiões interlamelares. Para a caracterização das argilas foram feitas as análises de difração de raios X e espectroscopia na região do Infravermelho. Visando avaliar e escolher a melhor argila para realização de ensaios de banho finito variando a concentração e a agitação do efluente, foi realizado um ensaio prévio de capacidade de adsorção das argilas na remoção de gasolina. As análises de difração de raios X e espectroscopia na região do Infravermelho confirmaram a organofilização das argilas. Foi evidenciado que a argila Bofe apresentou melhores resultados de capacidade de adsorção. Foram adsorvidos em média para as argilas organofílicas 5,23 g de gasolina/ grama de argila Bofe e 2,21g de gasolina/ grama de argila Chocolate B. Nos ensaios de banho finito de maneira geral, a argila Bofe adsorveu bem a gasolina, cerca de 99% na concentração de 500 ppm e agitação de 300 rpm. Sendo assim, percebe-se que a argila bofe, configura-se em uma excelente alternativa na adsorção de poluentes orgânicos.