Esta investigação trata do Projeto Cães-guia do Instituto Federal Catarinense – Campus Camboriú, onde o enfoque não é apenas o de treinar cães-guia para pessoas com deficiência visual, mas formar Treinadores e Instrutores de Cães-guia. O trabalho circunscreve-se à etapa de socialização do filhote, que permanece com uma Família Socializadora por cerca de quinze meses, levando-o a diversos lugares e tipos de situações a fim de que ele se acostume com os ambientes sociais e tenha assegurado seu bem-estar animal. O objetivo é o de identificar o perfil das famílias já envolvidas no Projeto Cães-guia. O levantamento dos dados foi realizado através de questionários aplicados junto aos socializadores, além de entrevistas complementares. Salienta-se que a relevância do tema está ligada a dados como o de que o número de pessoas com deficiência visual, no Brasil, chega a 6,5 milhões e o número de pessoas cegas é de 528 mil. Já o número de cães-guia não ultrapassa a 70. Como resultado da avaliação do perfil dos socializadores, que interfere diretamente na preparação dos cães, percebeu-se que há destaque para pessoas do sexo feminino, adultos, com nível escolar acima da média dos brasileiros, morando em casas localizadas nas cidades próximas ao Centro de Treinamento e com motivação ligada ao desejo de ajudar no trabalho de inclusão dos deficientes visuais ou por terem apego ao animais/cães.