A escola é um lugar de possibilidades, muitas vezes a única, principalmente em comunidades de extrema pobreza. As instituições escolares de horário integral tem em si uma dinâmica que as difere das outras e impulsionam atividades que integrem não só os seres que lá estudam e seus formadores, mas também afetem seus próprios corpos, agindo de dentro para fora, reverberando, sensibilizando, dialogando. A proposta é promover atividades que sensibilizem, agucem sentidos, aflorem questionamentos, propicie vivências corporais em crianças da Educação Infantil, em faixa etária de quatro e cinco anos. A Educação Estética surge nesse contexto como mobilizadora das ações e a Arte como uma das ferramentas para uma educação mais sensível. A pesquisa se desenvolve e dialoga com as vivências-ações que são propostas para duas turmas de Educação Infantil do Município do Rio de Janeiro, em um Centro Integrado de Educação Pública (CIEP) e se ressignifica a cada momento de troca e experimentação. As atividades são então discutidas, sugeridas, vivenciadas e refletidas tendo as crianças como centro da proposta e as professoras como mediadoras e participantes desse processo. Os resultados são obtidos diariamente, na afirmação e propagação da autonomia, do protagonismo, da aprendizagem e atuação infantis e as práticas são constantemente avaliadas e transformadas em novas possibilidades de experimentação.