O presente trabalho tem por objetivo discutir a prática da oralidade em sala de aula, fazendo uso dos corpora produzidos no projeto desenvolvido por bolsistas do Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência (PIBID), com os alunos do 9° ano do Ensino Fundamental da Escola Estadual de Ensino Fundamental Batista Leite, localizada na cidade Sousa/PB, no período de 14 de abril a 02 de julho de 2015. O projeto consistiu na abordagem do uso oral da linguagem em aulas de Língua Portuguesa através da elaboração de seminários acerca do romance “Vidas Secas” levando em consideração a discussão da oralidade e do letramento na perspectiva sócio-interacionista apresentada por Marcuschi (2001, 2002, 2003, 2004, 2008) e nas proposições de Dolz & Schneuwly (2011) acerca da didática dos gêneros textuais orais e escritos na escola. Para melhor compreender esse universo, foi realizada uma revisão de literatura e a análise da apresentação dos seminários de alunos do 9° ano da Escola acima citada, para observarmos a importância da oralidade na formação do senso crítico dos alunos. Dessa forma, contatamos que o aluno está inserido em diferentes contextos sociais, que demandam práticas diversas de oralidade, é necessário que o professor saiba que é importante trabalhar os gêneros orais na sala de aula para que esses alunos possam usufruir de diferentes variantes orais da língua, inclusive, a norma culta.