O presente artigo é fruto de uma pesquisa mais ampla realizada durante o Doutorado sobre a implantação do PROEJA no Instituto Federal de Alagoas – IFAL. Aqui, objetivamos apresentar a visão dos gestores e professores durante a implementação desse programa e seus desafios em se consolidar como política pública. Foram utilizados como procedimentos metodológicos a pesquisa bibliográfica e entrevistas semiestruturadas. Os sujeitos da pesquisa foram dirigentes e professores das áreas técnica e de formação geral. Os resultados trazem reflexões importantes relacionados às dificuldades da incorporação do PROEJA como política contínua e que envolve vários aspectos. Entre eles, alguns relacionados ao próprio descaso governamental e o pouco entendimento no que diz respeito ao direito à educação para esse público, além do não conhecimento das especificidades desses sujeitos e da ausência de formação de professores para atuar na EJA. Ainda faltam laboratórios, acesso a serviços essenciais no turno noturno, como psicologia, secretaria, assistência social, entre outros. Ainda existe preconceito em relação ao PROEJA, principalmente nos campi mais antigos, provavelmente pelo fato de que a cultura da educação técnica está mais arraigada e, nesses espaços, percebemos que alguns professores preferem não assumir as turmas, pois essa modalidade não dá status, ficando o PROEJA como um lugar para os novatos. Por fim, o estudo indica que as políticas públicas nesse universo configuraram-se, como fragmentadas e descontínuas do ponto de vista do público jovem e adulto trabalhador que busca uma profissionalização.