A escola faz parte de um processo mediado por vertentes ideológicas que se entrecruzam e procuram orientar regras e até costumes de determinada sociedade. Nesse sentido, a educação de pessoas surdas segue a mesma lógica, criando valores e padrões que vêm sendo questionados por estudiosos do assunto e pelas próprias comunidades surdas. Partindo de algumas experiências como e com professoras da área da educação especial, podemos dizer que a educação de pessoas surdas vem progredindo em decorrência das políticas públicas educacionais, linguísticas e inclusivas. Porém, a biotecnologia trouxe nas últimas décadas uma nova possibilidade de ser surdo, com o advento da cirurgia de implante coclear. Essa cirurgia é oferecida nacionalmente pelo Sistema Único de Saúde do Ministério da Saúde. Nesse sentido, o objetivo deste artigo é pesquisar a educação de alunos surdos com implante coclear. Esse estudo parte da experiência docente na educação de surdos implantados em um instituto especializado em surdez, relatando cinco casos observados entre os anos de 2011 até o primeiro semestre de 2015. Resultados preliminares corroboram com o que outras pesquisas na área têm apontado como a importância das línguas de sinais para os surdos, inclusive os implantados e a necessidade de apoio ao professor, entre outras questões.