Este artigo analisa documentos relativos à formação da profissão, destacando as Novas Diretrizes Curriculares dos Cursos de Serviço Social, objetivando perceber como os mesmos, essenciais para o direcionamento do ensino superior da referida profissão, tratam as questões étnico-raciais enquanto eixo de conhecimento necessário à formação dos/as assistentes sociais. Para estabelecer este debate, traçamos um breve histórico da luta do povo negro no Brasil por igualdade de direitos, destacamos aspectos da trajetória que antecedem a instauração das políticas afirmativas para este segmento e evidenciamos como as problemáticas sociais étnico-raciais, em nosso país, revelam uma refração da questão social que perpassa pelos diversos campos de atuação dos assistentes sociais, devendo, assim, ser tema imprescindível à sua formação. Nesta trajetória, teoricamente auxilia na tessitura de nossa escrita, especialmente Iamamoto (1882, 2009). Metodologicamente circunscrevemos nossa pesquisa nos métodos bibliográfico e documental. A partir destes lugares, nossas análises nos permitiram perceber que alguns dos direcionamentos essenciais ao ensino superior do serviço social, ainda não contemplam diretamente às demandas e lutas dos movimentos sociais negros, bem como a realidade sócio-histórica brasileira no que concerne às questões étnico- raciais.