Vista como exaustiva e desafiadora, a indisciplina representa uma enorme dificuldade para o trabalho dos professores. Um comportamento indisciplinado é qualquer ato ou omissão que contraria alguns princípios do regulamento interno ou regras básicas estabelecidas pela escola ou pelo professor. O presente estudo buscou compreender as concepções de indisciplina na revista Nova Escola. A investigação contou com um levantamento bibliográfico, privilegiando a contribuição teórica de Aquino (1996),Arroyo (2000),Chagas (2001),Freire (2008),Giancaterino(2007), e, Souza (2006). O referencial teórico aliou-se ao estudo e análise das matérias extraídas da Revista Nova Escola. Com o intuito de delimitarmos nossa análise, escolhemos no quadriênio (2010-2013), 40 edições da revista, além de publicações do VIII Colóquio Paulo Freire (2013), tendo em vista que este evento elencou debates recentes sobre a Prática Pedagógica. Esta articulação permitiu-nos identificar a concepção de indisciplina e seus desdobramentos na prática pedagógica. As matérias extraídas da Revista Nova Escola constituíram o corpus documental da investigação e foram submetidas à análise de conteúdo temática (BARDIN, 2010). Os resultados obtidos nesta pesquisa apontam que a forma como a indisciplina é tratada nas matérias da Revista Nova Escola a enfatizam como sendo caracterizada por mudanças comportamentais, que geram problemas, violência e, em específico, agressão física. A ausência de diálogo destaca-se entre os fatores causadores da indisciplina, trazendo desafios à Prática Pedagógica docente, anunciando que esse fenômeno encontra-se intrinsecamente ligado à Prática Pedagógica vivenciada num processo de conscientização social e política rompendo com a perspectiva comportamentalista dada a indisciplina. A reflexão crítica da prática pedagógica do professor permite-lhe desenvolver competências necessárias ao seu exercício, tendo em vista que o mesmo refere-se a formação de novas crianças e jovens.