Houve uma mudança na pirâmide demográfica, onde ocorreu uma alteração na taxa de fecundidade e mortalidade, consequentemente surge uma maior expectativa de vida fazendo com que haja um declínio no número de doenças infecto-parasitárias e aumente o número de doenças crônicos não transmissíveis, tal processo recebe o nome de transição epidemiológica. Diante de tal acontecimento, ressalta-se que há uma grande heterogeneidade nos padrões de envelhecimento, vulnerabilidade e dependência dos idosos, o que demanda de um novo elenco para ser atendido na Atenção Básica de Saúde (ABS). A atenção básica de saúde é tida como porta de entrada para o Sistema Único de Saúde (SUS), possivelmente essa seja a primeira instância onde o idoso receberá atendimento. Logo, a Atenção Primária em Saúde (APS) tem como um dos seus fundamentos possibilitar o acesso universal e contínuo a serviços de saúde de qualidade, reafirmando os princípios básicos do SUS, mediante o cadastramento e a vinculação dos usuários. Considerando estes aspectos, este trabalho tem como objetivo relatar a experiência de discentes do último ano do curso de Enfermagem no cuidado a idosos assistidos em uma Unidade Básica de Saúde na cidade de Campina Grande - PB. DESCRIÇÃO METODOLÓGICA: Trata-se de um trabalho descritivo, do tipo relato de experiência sobre ação educativa ocorrida durante o componente curricular “Estágio Supervisionado I”, realizada por acadêmicas de Enfermagem da Universidade Federal de Campina Grande para usuários da terceira idade de uma Unidade de Saúde. RESULTADOS: Ao final da dinâmica foi avaliada a participação dos idosos e dos profissionais, o conhecimento deles em relação à acessibilidade da pessoa idosa; percebe-se que puderem expressar a reais dificuldades de acesso a unidade e dificuldade em conseguir atendimento mais rápido com os profissionais; foram positivos os comentários acerca da atividade e avaliamos também as informações prévias que traziam da importância para suas vidas e de que forma roda de conversa foi importante para ouvir, sanar dúvidas e propor atividades efetivas. CONCLUSÃO: Foi possível identificar que os idosos reconheciam os obstáculos de acesso à unidade de saúde e buscavam melhores informações. Sendo assim, são de suma importância as ações educativas voltadas para grupos de idosos, pois oportuniza a participação e interação, favorecendo o socializar, integrar, informar e trocar experiências com os idosos. Ao enfatizar a participação e oportunizar seu exercício, elas visam “abrir portas” ao pensamento criativo sobre a vida e ao desejo de atuar na construção de outras realidades possíveis, mais propícias à qualidade de vida no envelhecimento.