Introdução: O processo de envelhecimento ocasiona modificações na qualidade do sono, as quais são bem mais prevalentes e graves em idosos institucionalizados. A institucionalização parece exacerbar a tendência às alterações advindas com o aumento da idade, predispondo o idoso a um sono de má qualidade. Uma das manifestações patológicas do envelhecimento que compartilha algumas características com esse transtorno do sono e prediz resultados similares é a Síndrome da Fragilidade, que caracteriza os idosos mais debilitados e vulneráveis. Objetivo: Avaliar a relação entre qualidade de sono e fenótipo de fragilidade em idosos institucionalizados. Metodologia: Foi realizado um estudo transversal, com 69 idosos residentes em instituições no município de João Pessoa – PB, Brasil. Foram utilizados Índice de Qualidade de Sono de Pittsburgh (IQSP) e questionários e testes específicos para as variáveis do fenótipo de fragilidade (critérios de fragilidade propostos por Fried). Na análise estatística utilizou-se o teste t de Student, teste Qui Quadrado e ANOVA One-way, com pós-teste de Tukey-Kramer. Em toda análise estatística foi considerado um intervalo de confiança de 95% e um p < 0,05. Resultados: A amostra foi caracterizada pelo predomínio de frágeis (49,3%), mulheres (62,3%), de solteiros (50,7%) e média de idade de 77,52 (±7,82). Os idosos frágeis obtiveram pior qualidade de sono, 10,37 (±4,31) (f=4,15, p=0,02), quando comparados aos não frágeis. Ao relacionar os componentes do IQSP com os critérios do fenótipo de fragilidade, foram encontradas médias significativamente maiores entre aqueles que apresentaram o critério, exceto para perda de peso e baixo nível de atividade física. O critério de exaustão destacou-se entre os demais critérios de fragilidade, devido aos maiores escores observados em quase todos os componentes e na pontuação global do IQSP. Conclusão: Foi observado que a má qualidade de sono influencia a fragilidade em idosos institucionalizados.