O sítio Arisco-Lagoa de Dentro/Paraíba é um local de grande importância para a construção da história linguística do país, pois carrega a língua de um povo que vive à margem da sociedade e cujos usos da língua diferem dos impostos pela classe dominante. No Português do Brasil, essas várias formas de usar a linguagem são muito comuns. No entanto, o preconceito linguístico persiste, mesmo diante das pesquisas realizadas pela Sociolinguística Variacionista (LABOV, 2008). Diante desse cenário, buscamos analisar as variáveis que influenciam os casos de Apócope no campo de pesquisa e quantificar os dados fonéticos coletados. Essas variáveis foram analisadas e transcritas foneticamente em contextos frasais, fundamentadas por teóricos como Bagno (2007; 2008) e Mendonça (2012), entre outros. Adotamos como procedimentos metodológicos a pesquisa de campo, realizando entrevistas com treze moradores do referido sítio, baseadas na teoria laboviana (LABOV, 2008), bem como pesquisas bibliográficas associadas à Fonética, à Sociolinguística e à Linguística Histórica, para discutir as partes do trabalho. O estudo realizado possibilitou identificar a significativa influência dos elementos externos na língua. Acreditamos que tanto a investigação quanto as análises teóricas têm colaborado para reduzir o preconceito linguístico e ampliar a compreensão sobre a variedade da língua e sua aplicação no contexto do Brasil.