Um dos momentos mais importantes para o desenvolvimento humano está na primeira infância, não apenas em relação ao suporte físico como também aos aspectos cognitivos, afetivos e sociais que permeiam as primeiras descobertas. A epigenética, ainda tão pouco conhecida dentro dos estudos brasileiros, vem dando luz a interface entre um bom desenvolvimento e as relações afetivas, desta forma o objetivo desse estudo é discutir a influência das relações afetivas para o desenvolvimento infantil em interface com os estudos da epigenética. Trata-se de um estudo teórico bibliográfico com base notadamente em autores como Villachan-Lyra (et al, 2018), Siegel e Bryson (2015) e Noro e Gon (2015). Os resultados mostram que a afetividade pode ser auxiliar o bom desenvolvimento infantil, consequentemente sua falta pode a carretar danos não só para o indivíduo afetado diretamente como também sua geração. A epigenética traz relevo à necessidade do cuidado, do tempo de qualidade, das interações e das intervenções afetivas para que modificações químicas aconteçam na expressão génica. Considera-se portanto que as marcações epigenéticas podem ser reversíveis, apesar de nossos genes já serem pré-estabelecidos, o que abre um leque de oportunidades revolucionarias para medicina moderna e para a educação dando suporte para o desenvolvimento infantil no cenário educacional que tem sido objeto de preocupação na atualidade.