Artigo Anais do X Congresso Nacional de Educação

ANAIS de Evento

ISSN: 2358-8829

ONDE HÁ FUMAÇA, HÁ PERIGO: EDUCAÇÃO EM SAÚDE E PREVENÇÃO SOBRE O CIGARRO ELETRÔNICO NO ENSINO DE CIÊNCIAS

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Publicado em 08 de novembro de 2024

Resumo

Nos últimos anos, a disseminação do cigarro eletrônico entre adolescentes tem gerado preocupações globais. Promovidos frequentemente como alternativas mais seguras ao tabaco convencional, esses dispositivos tornaram-se uma tendência alarmante entre a juventude, suscitando questões que vão além da saúde física, abrangendo dimensões sociais e educacionais. Este estudo teve como objetivo investigar o interesse e as perspectivas iniciais da comunidade escolar pública do município de Colatina/ES sobre os cigarros eletrônicos, com foco na avaliação da potencialidade e relevância de práticas pedagógicas em educação em saúde e alfabetização científica. A pesquisa, de natureza exploratória e qualitativa, envolveu 624 estudantes, 42 professores e 11 membros da equipe gestora escolar. Foi elaborado um questionário utilizando o Google Forms, enviado por WhatsApp, para os sujeitos a fim de avaliar o conhecimento prévio e o interesse pelo tema. Após quinze dias, responderam ao questionário 235 estudantes (38%), 37 professores (88%) e 9 membros da equipe gestora (82%). Os resultados revelaram que 60,3% dos estudantes e equipe gestora 77,7% considera o tema do cigarro eletrônico muito importante, refletindo a necessidade de abordá-lo na escola. No entanto, há uma divisão entre os professores: 32,4% têm interesse em discutir o tema, enquanto 27% não têm e 40,5% estão neutros ou incertos. Os dados indicam um significativo desconhecimento sobre os cigarros eletrônicos, dificuldades na formação docente para abordar o tema e desafios na gestão escolar em relação ao enfrentamento do uso desses dispositivos pelos estudantes. A pesquisa destacou o elevado interesse da comunidade escolar em aprender mais sobre os perigos dos cigarros eletrônicos, sugerindo a necessidade de atividades educativas voltadas para a prevenção e promoção da saúde. A maioria dos participantes (62%) reconheceu a importância de discutir temas de saúde nas escolas, indicando um terreno fértil para o desenvolvimento de práticas pedagógicas em educação em saúde e alfabetização científica.

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