O presente estudo tem como objetivo analisar a experiência educativa do Sistema Modular de Ensino e suas possíveis relações com as atividades produtivas dos estudantes, no Município de Nova Esperança do Piriá-PA. Assim, a pesquisa, justifica-se por buscar compreender a importância da relação entre trabalho e escola no campo do município no sentido da existência de contribuições entre esses elementos, colaborando significativamente para desmistificação de que a escola no campo é ancorada em dificuldades educacionais, sendo possível realizar Educação do Campo com qualidade e sem exclusão dos sujeitos. O estudo parte da seguinte inquietação: A experiência educativa das Escolas do Campo do município de Nova Esperança do Piriá pauta a relação dos camponeses/alunos do SOME em suas atividades produtivas? De que maneira? E, para esse estudo se indicou a pesquisa qualitativa, por meio da pesquisa bibliográfica, documental e de campo, tendo como instrumentos: entrevistas semiestruturadas, observação in locus, registros fotográficos, diário de bordo e gravação de áudio; e como sujeitos: professores, gestores, estudantes, pais/mães e comunidade envolvidos com o SOME. Entende-se que quando a escola do campo se constitui a partir das especificidades do campo, com certeza será uma escola que pauta a relação com as atividades produtivas dos alunos, tornando-se uma escola inclusiva que não permite que o trabalho influencie de forma negativa nas atividades pedagógicas e faz com que o trabalho no campo deixe de ser motivo de exclusão com a evasão dos estudantes na escola, uma vez que a escola e o trabalho, são matrizes formadora dos sujeitos e se complementam na comunidade.