Quase três anos após o retorno das aulas presenciais, previamente interrompidas por conta da ocorrência da pandemia de Covid-19, os impactos de longo prazo deste cenário na educação se fazem fortemente presentes no chão de sala de aula. Dessa forma, o presente trabalho buscou analisar produções científicas com o intuito de compreender quais são os principais desafios enfrentados atualmente pelos professores do ensino básico, decorrentes deste prévio cenário. Para isso, foi realizada uma revisão sistemática utilizando as bases de dados da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), Google Scholar e Scielo, sendo realizadas buscas a partir dos descritores “educação básica pós-pandemia”, no recorte temporal de 2022 a 2024. A busca gerou 8826 resultados, dos quais 10 foram selecionados e analisados. Os resultados revelam um cenário preocupante: a suspensão das aulas presenciais evidenciou a desigualdade social ao evidenciar a grande diferença existente no acesso às estratégias pedagógicas alternativas para este momento, mesmo as mais básicas. Os professores, sobrecarregados, enfrentam hoje um cenário onde os alunos apresentam graves defasagens de conhecimento e se sentem frustrados e desestimulados. Nesse contexto, torna-se urgente a implementação de políticas públicas que ofereçam suporte e orientação aos professores do ensino básico, visando não apenas recuperar o atraso educacional, mas preparar o corpo docente para lidar com o contexto socioemocional que os discentes se encontram. Esses esforços, a fim de promover mudanças significativas deste contexto, devem ser acompanhados pela participação da comunidade, devendo esta ser ouvida e convidada a participar ativamente de todo o processo. Somente então poderemos avançar na qualidade da educação brasileira.