No contexto atual, a dieta infantil, a atividade física e outros fatores de estilo de vida são amplamente estudados em relação à saúde, mas raramente por seu impacto na cognição e aprendizagem. Além disso, há uma falta de integração entre as literaturas focadas em saúde e educação, apesar da expectativa de que os fatores de estilo de vida influenciam diretamente os processos cognitivos e de aprendizagem. Assim, o objetivo deste estudo é investigar a influência do perfil alimentar e dos hábitos de sono no desempenho escolar de alunos de 12 a 17 anos, de uma escola situada na zona oeste de Natal/RN, para compreender como esses fatores afetam o desempenho escolar. Para isso, foram aplicados questionários com perguntas discursivas e de múltipla escolha para obter dados acerca dos hábitos alimentares, frequência e qualidade das refeições, identificando padrões alimentares inadequados entre os alunos. Também examinamos horários de sono e vigília, duração e qualidade do sono, comparando-os com recomendações médicas para adolescentes e verificando o período ideal para essa faixa etária. Além disso, investigamos a correlação entre a qualidade da dieta e o rendimento escolar, avaliando a percepção dos alunos sobre como a alimentação afeta sua concentração, memória e desempenho acadêmico. Observamos que os discentes possuem alguns hábitos que podem comprometer a função cognitiva, o que evidencia a necessidade de uma inserção maior entre os trabalhos focados em saúde e educação, enfatizando como os fatores de estilo de vida, como alimentação e sono, podem influenciar significativamente o rendimento escolar e aprendizagem. Os resultados deste estudo podem contribuir para o desenvolvimento de intervenções educativas e de saúde que promovam hábitos alimentares e de sono mais saudáveis, visando a melhoria do desempenho escolar dos alunos.