científica infantojuvenil de uma licencianda em Biologia, enquanto professora estagiária, do Clube de Ciências da UFPA. A pesquisa é qualitativa, na modalidade narrativa, visto que se trata das experiências, das marcas e sentidos produzidos pela licencianda, participante da pesquisa. Os instrumentos de pesquisa utilizados foram os diários de bordos e registros audiovisuais. Os relatos dessa experiência destacam aspectos, como: o ingresso e atividades de iniciação científica no CCIUFPA. A licencianda destaca que ao entrar no Clube de Ciências, imaginava algo totalmente diferente da realidade e pensava que desenvolveria aulas sobre biologia. Entretanto, acabou ensinando sobre vários temas e áreas, de maneira interdisciplinar, devido à variedade de professores de diferentes cursos. O intercâmbio das áreas dentro de sala de aula foi emergindo conforme o decorrer das investigações construídas com os sócios mirins. Temas como, a “importância dos memes na comunicação”, “a influência do capitalismo na ciência”, “interferência das telas na infância”, “influência do Rio Tucunduba na saúde dos universitários”, serem trabalhadas com adolescentes trouxe uma visão diferenciada da iniciação científica infantojuvenil e do trabalho interdisciplinar, onde os sócios-mirins são protagonistas no processo de construção do conhecimento. Sobre a interferência do ambiente na saúde psicológica dos alunos da Universidade Federal do Pará, foi levantada a ideia da poluição interferindo no bem estar dos universitários. Nessa temática, ressaltamos a poluição no Rio Tucunduba, analisando qualitativamente o pH e a turbidez da água. De fato, a poluição do rio afetava negativamente a vivência dos estudantes da UFPA. Deste modo, construímos conhecimentos científicos interdisciplinares, dialogando com a vida do sócio mirins, por meio do processo de investigação como prática de ensino.