O tema Drogas vem sendo discutido em estudos nacionais e internacionais, no qual apresentam as limitações e o insucesso das abordagens proibicionistas. Na área de Ensino de Ciências, os documentos normativos como os PCN e a BNCC orientam de diferentes formas a abordagem em sala de aula, o primeiro destacando a necessidade de uma abordagem mais transversal e o segundo caindo em um retrocesso, ao sinalizar a importância do debate proibicionista. Quando analisamos em estudos anteriores como a temática é desenvolvida em sala de aula, observamos lacunas na formação docente em desenvolver atividades educativo-preventivas sobre drogas e a carência de cursos de formação sobre o tema, capazes de estimular tais ações. Diante deste contexto, este estudo deu enfoque na formação inicial docente, para graduandos de duas licenciaturas: Ciências da Natureza e Química, localizadas em uma universidade pública no semiárido piauiense. O desenho metodológico foi traçado a partir de um evento intitulado “I Colóquio Educação sobre Drogas: A Redução de Danos no Ensino de Ciências”, no qual foi estruturado com uma programação envolvendo temáticas dialogadas entre os ministrantes e participantes. O que trazemos para este estudo corresponde ao primeiro momento do Colóquio, as percepções dos licenciandos sobre Drogas. As análises revelaram conceitos voltados para os efeitos deletérios à saúde, associação às questões morais e éticas, e em outras análises foi possível perceber percepções para além do uso de Drogas ilícitas como causadoras de danos à saúde, como por exemplo, o papel das drogas medicamentosas. Esses achados coadunam com a formação que os discentes conceberam através de um currículo mínimo sobre a temática Drogas durante sua formação escolar e, como os docentes participantes reproduzem um discurso proibicionista nas suas práticas pedagógicas.