RESUMO Este artigo analisa o romance "O Vampiro que Descobriu o Brasil" de Ivan Jaff sob a perspectiva das teorias de Antonio Candido e Mikhail Bakhtin, buscando compreender como a obra dialoga com o contexto histórico e cultural brasileiro, e como ela constrói personagens e enredos que refletem a complexidade da sociedade. Antonio Candido, em seus estudos sobre a literatura brasileira, destaca a importância da relação entre literatura e sociedade. Em "Formação da Literatura Brasileira", Candido argumenta que a obra literária é um reflexo do contexto social em que é produzida, e em "O Vampiro que Descobriu o Brasil", essa relação é evidente na maneira como o autor aborda temas como a colonização, a identidade nacional e as relações de poder. Candido afirma: "O escritor, ao narrar sua história, 'traduz' em forma artística a sociedade em que vive". Mikhail Bakhtin, por sua vez, enfatiza a importância do dialogismo na literatura, ou seja, a interação entre diferentes vozes e pontos de vista. Em "Estética da Criação Verbal", Bakhtin argumenta que a obra literária é um diálogo constante entre autor e personagens, e entre personagens e leitores. Ele escreve: "Toda palavra é a ponta de um iceberg de sentidos". Em "O Vampiro que Descobriu o Brasil", essa multiplicidade de vozes é evidente na construção dos personagens, que representam diferentes aspectos da sociedade brasileira e dialogam entre si de maneira complexa e multifacetada. Ao finalizar, entende-se que este artigo mostra como "O Vampiro que Descobriu o Brasil" de Ivan Jaff é uma obra rica em significados, que dialoga de forma profunda com o contexto histórico e cultural brasileiro, e que constrói personagens e enredos que refletem a complexidade da sociedade, à luz das teorias de Antônio Candido e Mikhail Bakhtin.