O ensino de Imunologia frequentemente utiliza metodologias tradicionais, que tendem a ser pouco atraentes para os estudantes. Entretanto, a disciplina oferece inúmeras possibilidades de intervenções e abordagens devido à sua relevância para a saúde e o bem-estar da população. Não se sabe ao certo se a falta de inovação é atribuída à ausência de metodologias específicas ou à divulgação pouco representativa entre professores de seus resultados em sala. Com base nisso, o presente estudo investigou o estado da arte das produções relacionadas à Imunologia nos anais do Congresso Nacional de Educação (CONEDU) entre 2018 e 2023. A busca foi realizada nas páginas dos anais do evento, utilizando o descritor “Imunologia”. Foram selecionados os trabalhos pertinentes à temática. Após análise, constatou-se que, das cinco edições analisadas, apenas três incluíam artigos sobre Imunologia. Dos 23.437 trabalhos disponíveis, apenas cinco (n=5) abordavam o tema. Desses artigos, três (n=3) exploravam o uso de ferramentas didáticas, como modelos didáticos, gincanas e mapas mentais; um (n=1) utilizava recursos digitais audiovisuais (redes sociais); e um (n=1) era uma revisão de literatura que também abordava um recurso digital. Observou-se que todos os trabalhos eram voltados para o ensino superior, especialmente para alunos do curso de Ciências Biológicas (licenciatura). Destaca-se que, a escassez de produções sobre Imunologia, mesmo em um congresso de abrangência nacional. A ausência de trabalhos voltados para a educação básica e a preferência pelo ensino superior indicam a necessidade de discussão sobre os fatores que contribuem para esse cenário. Cabe salientar que a Imunologia pode servir como tema norteador para abordagem de tópicos importantes de educação em saúde, como pandemias, epidemias e vacinação, para além da construção e ressignificação de conceitos científicos. Tais práticas pedagógicas necessitam ser incentivadas e compartilhadas pelos pares.