As experiências pessoais, assim como as trajetórias nos espaços educacionais, são fatores contributivos e constituintes das histórias de vida que favorecem na construção da identidade docente. Essas identidades determinam, em maior ou menor grau, os modos como professores/as são capazes de impactar positivamente no processo de ensino/aprendizagem dos/as seus/suas alunos/as. As vivências escolares, enquanto estudantes e docentes, desempenham um papel essencial na feitura/criação dessas identidades, pois os desafios enfrentados pelos/as professores/as poderão moldar ideologicamente suas práticas pedagógicas. No âmbito escolar, o/a educador/a depara-se com situações adversas, experiências que vão forjando quem eles/as são/vão se tornando. Sobre essas experiências, tratamos nessa investigação, ainda em desenvolvimento, sobre o bullying, refletindo como ele reverbera nas práticas pedagógicas daqueles/as que um dia foram vítimas, propondo a construção de uma educação mais inclusiva e respeitosa. O bullying é um problema grave que está presente nos espaços educacionais. Desse modo, torna-se indispensável que os/às professores/as desenvolvam estratégias de prevenção e intervenção para lidar com essas questões. É crucial, ainda, formações iniciais e continuadas acerca do combate ao bullying, assim como interesse e disposição em pesquisar, estudar e refletir sobre diferentes temáticas, como a aqui tratada, para que assim, os/as professores/as saibam quais caminhos devem percorrer para o enfrentamento dessas questões. Nesse sentido, essa pesquisa propõe debater sobre as experiências pessoais na constituição das identidades docentes, analisando se vítimas de bullying na infância e adolescência propõem práticas docentes comprometidas com o respeito às diversidades. Assim, pretendemos também destacar como, diante das ocorrências de bullying, os/as educadores/as podem servir como exemplos positivos para os educandos, dando segurança e garantindo que a escola seja um ambiente acolhedor.