O presente estudo analisa a Educação Especial no contexto da Educação do Campo em duas escolas rurais de Codó-MA, com fins de identificar as contribuições que a implantação do Atendimento Educacional Especializado – AEE, tem fomentado para o desenvolvimento cognitivo dos alunos como deficiência. A investigação apoiou-se na perspectiva dialética onde foram incluídos dados quantitativos e qualitativos, considerados articulados e indissociável para composição do objeto do estudo. Foram realizadas entrevistas com os professores do ensino regular, bem como professor da Sala de Recurso Multifuncional frente à oferta do Atendimento Educacional Especializado – AEE, do Sistema Municipal de Ensino. Assim examinou-se dado oficinais do INEP sobre as matrículas de alunos com deficiência no distrito rural do KM 17, onde foi evidenciado um aumento significativo. A pesquisa também identificou que há a interface entre a educação especial e a educação do campo nas diretrizes políticas e iniciativas práticas que sinalizam diálogos entre essas modalidades de ensino; contudo, os serviços educacionais especializados ainda são restritos nas escolas do campo, o trabalho pedagógico é precarizado, dado o hiato entre o texto legal e sua implementação nas realidades das escolas do campo, porém vale ressaltar que os alunos assistidos pelo AEE mostraram maior automia, confiança e autoestima em relação ao ensino e aprendizado. Conclui-se que há oferta da Educação Especial em escolas do campo, mas que ainda é incipiente para atender toda a demanda existente é necessário propor políticas de expansão dos serviços especializados com a identidade do campo. Investir em propostas de formação continuada de professores que tematizem essa interface. Palavras-chave: Educação Especial, Educação do Campo, AEE, Desenvolvimento Cognitivo, Autonomia.