O último Resumo Técnico do Estado do Maranhão – Censo Escolar da Educação Básica, de 2024, revelou um aumento significativo de 49,1% no número de crianças e adolescentes com Necessidades Educacionais Especiais (NEE) em relação a 2019, resultando em 1,8 milhão o número de pessoas público-alvo da Educação Especial no nível básico. Somados a esse cenário, encontram-se as conhecidas taxas exacerbantes de analfabetismo no Brasil, que prejudicam o hábito da leitura, e a falta de adaptação do processo de ensino-aprendizagem para melhor atender os alunos com NEE, mais especificamente do ensino da literatura infantojuvenil para crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA). Com base nisso, considerando os benefícios da literatura na mitigação dos desafios impostos pelo TEA às crianças, como barreiras na comunicação, interação social e no comportamento, constatados por meio da revisão bibliográfica, a presente pesquisa busca aproximar essa problemática ao contexto de uma escola pública municipal de São Luís/MA, a fim de analisar possibilidades de inclusão de crianças com TEA nos anos iniciais do Ensino Fundamental por meio de Recursos Tecnológicos Inclusivos aliados ao ensino da literatura infantojuvenil. Para tal, utilizam-se como referencial teórico-metodológico os estudos de Pereira (2007) e Silva et al.(2020), que abordam a importância da literatura infantil para os anos iniciais do Ensino Fundamental e da Tecnologia Assistiva (TA) como mediadora do processo de alfabetização e letramento de crianças com TEA. Como resultados preliminares, uma vez que a pesquisa está em desenvolvimento, pode-se apontar as contribuições da TA como recurso potencializador dos processos relacionados à linguagem, comunicação e interação social das crianças com TEA.