Esse artigo nasce a partir das inquietações provocadas através de estudos dirigidos no grupo de Pesquisa Maji, voltados aos estudos sobre violência de gênero, e dissertar sobre a tríade raça, gênero e violência é um propósito insurgente, e a partir dessa premissa o enfoque é relatar as escrevivências acerca das masculinidades negras na infância, em que a construção das subjetividades vão se fundamentando e como o sistema patriarcal hegemônico imputa nessas condições para que essa criança seja induzido constantemente a manifestar suas masculinidades, frequentemente através de atitudes e atos comportamentais violentos. A proposição dessa temática objetiva compreender como está sendo abordada no campo educacional o impacto do racismo estrutural para essas masculinidades negras na infância, correlacionando a construção das suas subjetividades e como a violência é perpassada nas relações sociais, entendendo que o marco é como a criança negra se entende como sujeito social, atuante, que posiciona-se e vai se desenvolvendo em meio a uma sociedade racista, machista, misógina que reproduzem estereótipos, internalizando e os levando à manutenção de um ciclo perpetuado de violência, rompendo a formação das suas subjetividades, tornado esses afetos e emoções subentendidos, às vezes, silenciado pela estrutura do racismo. O texto é uma revisão bibliográfica, pautadas em leituras discursivas de artigos propostos no grupo de pesquisa, e autores como: hooks (2019), Nkosi (2014), Cavalleiro (2010), Fanon (2008), Hall (2003) dentre outros intelectuais. O arcabouço teórico é formado a partir de leituras que estão relacionadas às pluralidades de aspectos que concebem essa construção dessas masculinidades negras na infância relacionando com as suas subjetividades em que a sociedade vem naturalizando a violência como forma aceitável na resolução de conflitos nas relações sociais, portanto, dialogando através de algumas ciências como a Sociologia, Psicologia, Pedagogia e Filosofia para que possibilite novas formas de compreender essas crianças como atores sociais, considerando suas particularidades. A metodologia utilizada para a realização desse artigo uma pesquisa qualitativa, com revisão de literatura e análise de literatura. O presente trabalho faz um recorte intrínseco à construção e desconstrução das subjetividades negras na infância, com um olhar pedagógico. Assim, busca-se compreender como ocorre esse processo de construção dessas masculinidades negras na infância mesmo tendo o racismo inerente em seu cotidiano. É necessário, por certo, discutir como ocorre essa construção identitária negra, partindo dessa narrativa de como esse sujeito é percebido, além de abordar como a afetividade pode legitimar as subjetividades e novas vivências.