Neste artigo, buscamos contribuir para o debate e a reflexão sobre o processo de construção do Plano Municipal pela Primeira Infância (PMPI), compartilhando a experiência da elaboração do PMPI do município de Rio Largo para o período de 2024-2034. Conceitualmente e em termos de seus marcos legais, o PMPI é um instrumento técnico-político que deve ser construído de forma democrática. O objetivo deste artigo é identificar elementos interdisciplinares, interinstitucionais e intersetoriais relativas à primeira infância nos municípios brasileiros no âmbito das políticas públicas. Essas respostas devem garantir a alocação prioritária de recursos para áreas relacionadas à proteção da infância, conforme previsto pelo Estatuto da Criança e do Adolescente e pelo Marco Legal da Primeira Infância. Sob este enfoque, trata-se de uma pesquisa aplicada, descritiva, mista e documental. Esta pesquisa é relevante para o desenvolvimento científico e tecnológico, especialmente no campo da Educação, pois analisa a complexa situação da primeira infância no contexto das políticas públicas. Contribui para a construção de discussões teórico-metodológicas sobre a primeira infância e seu impacto no desenvolvimento de políticas públicas. Orientamo-nos pela perspectiva destacada por Ostetto (2017, p. 21), que enfatiza a importância de ouvir as crianças de maneira atenta e respeitosa, reconhecendo-as como sujeitos ativos e participantes no processo de elaboração de políticas públicas. Este processo metodológico não apenas respeita e valoriza as crianças como sujeitos de direitos, mas também assegura que suas vozes influenciam diretamente as ações e recursos destinados à primeira infância. A colaboração entre unidades da rede pública e privada enriqueceu o processo, assegurando que as políticas públicas formuladas atendam de maneira abrangente e inclusiva às necessidades da primeira infância no município.