Ancorado nas perspectivas das tecnologias assistivas e Internet das Coisas (IoT), com base na cultura maker, o presente trabalho objetiva apresentar o desenvolvimento de protótipos de tecnologias assistivas destinados a pessoas portadoras de deficiência visual. Quanto aos protótipos, assinalamos que estão sendo desenvolvidos um boné, capaz de detectar obstáculos, e uma pulseira que, com base nos dados transmitidos pelo boné, informa ao usuário, por meio de um sinal vibratório, a existência de obstáculos à frente na altura da cabeça. Ademais, também foi desenvolvida uma bengala eletrônica baseada na tecnologia de identificação por rádio frequência que se comunica com um aplicativo responsável por informar ao usuário sua localização no ambiente indoor. Para desenvolver os protótipos foi utilizado o microcontrolador ESP32, além dos sensores necessários para as funcionalidades planejadas. Metodologicamente, esta pesquisa classifica-se como exploratória, bibliográfica, documental e qualitativa, almejando delinear o desenvolvimento de ferramentas tecnológicas que contribuem para proporcionar mais autonomia e acessibilidade ao público-alvo, fomentando a inclusão social. Dessa forma, dado seu caráter inclusivo, este trabalho relaciona-se com os objetivos do desenvolvimento sustentável (ODS), dentre eles: ODS’s 4, 9 e 10. No tocante ao ODS 4, o projeto objetiva, principalmente, a garantia da igualdade de acesso a todos os níveis de educação e formação profissional para as pessoas portadoras de deficiência. Quanto ao ODS 9 o projeto resulta em produtos com caráter inovador, podendo impulsionar a melhoria da infraestrutura visando atender às necessidades de acessibilidade desse público. Por fim, referente ao ODS 10, os protótipos em desenvolvimento proporcionam maior acessibilidade para o público em questão, contribuindo para reduzir as desigualdades, visando garantir o acesso igualitário a recursos e oportunidades. Sobre os resultados, foram desenvolvidos protótipos funcionais de ambos os dispositivos, ainda sendo necessário validar a usabilidade por uma pessoa portadora de deficiência visual, seguindo os normativos da ética na pesquisa.