O presente artigo tem como objetivo levantar discussões sobre as possíveis referências a flexibilidade, contextualização e interdisciplinaridade presentes na Base Nacional Comum Curricular - BNCC (Brasil, 2018). Para alcançar o objetivo proposto é realizada uma análise atenta do documento para identificar as recomendações acerca da flexibilidade curricular, contextualização e interdisciplinaridade. A pesquisa alicerça-se na utilização da abordagem qualitativa em educação (Bogdan; Biklen, 1994), referenciada pelo aporte teórico-metodológico da pesquisa exploratória e descritiva conforme abordada por Gil (2002). A análise do corpus de informações foi orientada pela estratégia de análise de conteúdo (Bardin, 2011) mediante três etapas: em primeiro lugar a pré-análise; depois a exploração do material coletado; e em último lugar, o tratamento das informações obtidas, a inferência e a interpretação. Em relação ao aspecto conceitual recorre-se as contribuições dos seguintes autores: Morin (2000); Japiassu (1976); Freire (1996); Santomé (1998); Lück (2007), Zabala (2002); Gadotti (1999); Fazenda (2005; 2008; 2015) e a Base Nacional Comum Curricular - BNCC (Brasil, 2028). Com o estudo, verificou-se a importância de uma visão crítica sobre a necessidade de desenvolver ações interdisciplinares, através do diálogo entre as disciplinas; que promovam um ensino contextualizado, com a problematização das condições sociais, históricas e políticas; e uma postura flexível, aberta as mudanças para a que a Educação Básica contribua para formação de cidadãos críticos, reflexivos e éticos.