No contexto da expansão dos Institutos Federais, o surgimento e consolidação dos novos campi nem sempre ocorreram tendo por base a já consolidada história da Rede Federal de Ensino. Assim, este artigo - recorte de nossa dissertação de mestrado -, apresenta a fotografia como fonte de estudo para construção da memória e identidade do Campus Itapipoca do IFCE. Em muitas instituições de Ensino não existe uma documentação organizada com o registro de sua história, memória, origem e evolução. Nessa esteira, a fotografia é um documento que desvela o passado, recupera memórias, captura informações acerca da realidade e do cotidiano, pois carrega um valor, um significado que vai muito além do ato de fotografar. É uma pesquisa bibliográfica e documental, tendo como referência autores que exploram a temática, entre eles, Ciavatta (2012), Feijó (2018), Le Goff (2013) e outros. Utilizamos fotografias obtidas junto a própria instituição e a particulares que estiveram presentes em momentos diversos desde a fundação do Campus. Entendemos a fotografia como um documento, por vezes produzido cheio de intencionalidades e outras ao acaso, para registros menos interessados, por isso, quando ligado ao processo de criação de um lócus como o Campus Itapipoca não pode estar dissociado das lembranças de quem o produziu ou de quem o retém, por isso, esse também é um estudo de memória. Diante disso, a análise dessas fotos tem nos levado a identificar a ligação da Instituição com a cidade e a região, percebemos o quão importante é o uso da fotografia para mexer com a memória individual e coletiva.