Com o propósito de fortalecer a produção agrícola no Sertão do Pajeú e o intuito de fortalecer as comunidades locais, melhorar a preservação ambiental e combater a desertificação e os efeitos das secas, o projeto de ensino-pesquisa-extensão “Fruficar no Sertão: cultivo e desenvolvimento comercial de fruticultura xerófita no Sertão do Pajeú" visa introduzir o cultivo de plantas adaptadas ao clima da região e aproveitando as competências técnicas e acadêmicas dos cursos oferecidos no IFPE – Campus Afogados da Ingazeira. Como medida para lidar com a escassez de recursos hídricos, considerou-se viável cultivar frutas de alto valor nutricional e econômico, com baixo consumo de água e adaptáveis às condições climáticas do semiárido. A pitaya satisfaz esses critérios e, portanto, foi selecionada para ser o foco inicial do projeto. Quanto à avaliação da aceitação do público e viabilidade comercial, foi feita a análise sensorial de frutas in natura refrigeradas (forma mais usual de consumo) da primeira safra produzida no IFPE, com o público interno e levando-se em consideração que a fruta ainda é pouco conhecida e consumida na região. O procedimento empregado consistiu na realização do teste de aceitação sensorial utilizando a escala hedônica estruturada de nove pontos, abrangendo uma escala de 1 a 9, que compreende desde a classificação de 1, "Desgostei muitíssimo", até 9, "Gostei muitíssimo", em relação às características sensoriais específicas, tais como cor, aroma, textura, sabor, doçura e acidez. Paralelamente, os participantes foram solicitados a avaliar sua disposição para a compra, atribuindo uma pontuação entre 1, representando "Certamente não compraria", e 5, indicando "Certamente compraria" (MEILGAARD et al. 1988). Levando em consideração que a fruta é pouco consumida e até mesmo desconhecida de boa parte do público, os resultados apontam boas perspectivas de desenvolvimento para um mercado consumidor, como indicaram os resultados da análise sensorial.