A dengue, uma das principais arboviroses que desafia a saúde pública global, é prevalente em mais de 100 países, especialmente em climas tropicais e subtropicais. O Aedes aegypti, vetor da doença, prospera em áreas urbanas densamente povoadas com condições ambientais propícias. Este estudo foca na implementação de um projeto educativo interdisciplinar no Ensino Fundamental II, em uma escola localizada no Sudoeste da Amazônia brasileira. A iniciativa responde a um surto grave de dengue no Brasil no início de 2024, que registrou mais de 3 milhões de casos e várias fatalidades. O projeto adotou uma abordagem colaborativa e multidisciplinar, envolvendo atividades práticas e educativas, como pesquisas, criação de materiais visuais e palestras por profissionais da saúde. O objetivo era engajar os estudantes na eliminação de focos do mosquito e expandir o entendimento sobre a doença. Os alunos, organizados em grupos, realizaram tarefas que culminaram em apresentações abordando desde a biologia do vetor até estratégias preventivas, resultando na criação de um mural informativo e vídeos educativos. Os resultados foram promissores, com alunos demonstrando um conhecimento holístico sobre a importância da responsabilidade coletiva na preservação da saúde e do ambiente. O projeto também promoveu a integração de diversas áreas do conhecimento, especialmente Português e Ciências, enfatizando a interdisciplinaridade no processo educativo. A implementação de projetos educativos interdisciplinares se mostrou eficaz no combate à dengue, fomentando conscientização, sensibilização e envolvimento ativo da comunidade escolar. Este trabalho destacou o papel essencial da Educação Ambiental e da Saúde Pública na formação de cidadãos informados e engajados na prevenção de doenças e promoção da saúde coletiva, visando um ambiente mais equitativo, saudável e sustentável.