O presente estudo faz parte da pesquisa em nível de Pós-Graduação em Educação da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, na linha de pesquisa Processos Formativos, Práticas Educativas, Diferenças. Tem como objetivo demonstrar, histórica e cientificamente a importância dos conhecimentos elaborados para a garantia da função social da educação escolar a partir da Pedagogia Histórico-Crítica. A relevância desse estudo se dá pela predominância das pedagogias do “aprender a aprender”, o que tem promovido o esvaziamento dos conteúdos elaborados e sistematizados nas instituições de ensino na Educação Básica e, consequentemente, a desvalorização do papel do professor e da educação escolar para o desenvolvimento psíquico e apropriação dos conhecimentos, de níveis mais complexos, pelos alunos. O estudo está ancorado nos fundamentos teóricos-metodológicos da Pedagogia Histórico-Crítica a qual defende que os conhecimentos elaborados são criados a partir de estudos sistematizados e dos saberes historicamente desenvolvidos, para respaldar a pesquisa realizou-se leituras amparadas nos seguintes teóricos: Saviani (2005; 2011), Duarte (2013; 2021), Libâneo (2015), Martins (2013; 2021), entre outros. No escopo desta pesquisa evidencia-se a indissociabilidade entre os aspectos didático-pedagógico do processo de ensino e aprendizagem, em consonância com os conhecimentos elaborados pela humanidade, considerando-os como igualmente cruciais para os aspectos teóricos e práticos que visam a eficácia do trabalho docente. Supõe-se que o destaque dado a aprendizagem espontânea é resultado da disseminação das pedagogias do “aprender a aprender”, tornando-se urgente resgatar o papel da educação escolar como transmissora dos conhecimentos sistematizados pela humanidade, isto é, os saberes indispensáveis para o desenvolvimento intelectual e psíquico em cada indivíduo, de forma a contribuir para a formação de cidadãos mais informados, críticos e capazes de participar ativamente na construção de uma sociedade mais justa e igualitária.