Cada vez mais observamos que as crianças se distanciam da natureza, tanto pelo fácil acesso às tecnologias quanto pela escassez de áreas verdes nas cidades e nas estruturas urbanas que abrigam os centros de educação infantil. Para explorar essa problemática, pesquisamos formas de relacionar práticas na natureza com o Pensamento Computacional (PC), uma vez que essa habilidade ganhou destaque com a homologação da Complementação da Computação à Base Nacional Comum Curricular (BNCC). Assim, o objetivo desse artigo foi analisar teses e dissertações que relacionam práticas educativas na natureza e pensamento computacional na educação infantil. Como método utilizamos a investigação bibliográfica denominada de estado da questão. Para isso, realizamos uma análise nos portais de busca cientifica, considerando apenas o contexto da educação brasileira dos últimos dez anos. As bases de pesquisa de teses e dissertações usadas foram: Biblioteca Digital Brasileira de Teses e Dissertações (BDTD) do IBICT e Catálogo de Teses e Dissertações da CAPES. O levantamento foi realizado a partir das palavras-chaves: “Pensamento Computacional”, “Educação Infantil”, “Práticas Educativas” e “Natureza” combinadas de diferentes formas. O portal BDTD/IBICT apresentou 12 resultados de busca, dos quais apenas dois estavam efetivamente relacionados com a educação infantil. O portal da CAPES retornou igualmente 12 documentos, sendo três da educação infantil. A análise evidenciou dois trabalhos em PC plugado (com uso de computadores) e três em desplugado (sem uso de computadores), entretanto, nenhum deles tratava da relação do PC com práticas na natureza. De qualquer modo, observamos que o PC é introduzido de forma lúdica e contextualizada em atividades práticas diversas e jogos que estimulam o raciocínio lógico e a resolução de problemas. A investigação evidencia a necessidade de dar mais visibilidade ao PC na educação infantil, inserindo a natureza como um elemento fundamental para o desenvolvimento da criança.