Ao perguntarmos a uma criança como é um cientista, a descrição frequentemente apresentada é a de um “homem branco de cabelos grisalhos”, refletindo o estereótipo predominante que a sociedade em geral associa à figura de um cientista. Apesar de testemunharmos uma mudança histórica, a ciência ainda é predominantemente conduzida por uma minoria, o que perpetua a presença marcante dos estereótipos relacionados aos cientistas. Embora as mulheres tenham contribuído significativamente para inúmeras descobertas científicas, apenas em 2015 foi oficialmente sugerido o dia 11 de fevereiro como o Dia das Mulheres na Ciência. Promover a conscientização dos alunos do ensino fundamental sobre a desconstrução de paradigmas sociais é uma tarefa árdua, porém essencial, destacando a relevância das mulheres no cenário científico e incentivando o reconhecimento e valorização da figura feminina. Embasados pelos teóricos Attico Chassot, Djamila Ribeiro, Sueli Carneiro, Nilma Lino Gomes e Lélia Gonzalez, esta pesquisa tem como objetivo apresentar um material didático que explore a história e as significativas contribuições das mulheres negras na ciência. Através de metodologias ativas, busca-se não apenas apresentar esse conhecimento, mas também promover a valorização e reconhecimento da importância da mulher na sociedade através de um Escape Room. Esse material visa não apenas educar, mas também inspirar crianças e adolescentes, mostrando que a ciência é um campo para todos independente de raça, cor, gênero e origem socioeconômica. Ao desenvolver essa atividade esperamos contribuir para a formação de uma nova geração de discentes que reconheçam a importância da mulher no campo científico e na sociedade.