Este trabalho, em forma de relato de experiência, foi um projeto desenvolvido a partir da leitura do livro “A Deusa Interior: Um guia sobre os eternos mitos femininos que moldam nossas vidas”, dos autores Woolger e Woolger (1993), no qual, foram construídos seis mandalas em papel. Mandala, que em Sânscrito significa "círculo" é uma forma geométrica na qual um círculo é inscrito dentro de um quadrado ou outro círculo, é dividida em seções, geralmente de forma regular, irradiando do centro. O livro está dividido em capítulos das deusas, onde são apresentando diversos mitos, canções, as relações das deusas com outros personagens significantes em seus mitos, como seus arquétipos se apresentam nos dias atuais, personalidades atuais que encarnam majoritariamente seus arquétipos e suas maiores fragilidades entre tantas outras coisas. As deusas Atena, Afrodite, Deméter, Ártemis, Hera e Perséfone simbolizam características encontradas individualmente nas mulheres da atualidade. Os arquétipos (energias psíquicas) das deusas validam as mulheres por aquilo que elas são e não por aquilo que a sociedade diz que elas deveriam ser, sendo uma fonte de liberdade. Ao finalizar a leitura de cada capítulo, foram selecionadas palavras-chave que remetiam a deusa e buscou-se elementos simbólicos atrelados a essas palavras que guiaram a construção do mandala. A criação de mandalas tem por base nossas percepções, impressões, sentimentos e emoções que se expressam a partir da configuração de círculos e linhas que tomam forma à medida que o desenho vai se constituindo, assim também ocorre com o nosso ser em contínuo processo de desenvolvimento, cria-se a intencionalidade que leva a um resultado construtivo. Portanto, os mandalas das deusas expressam o resgate do feminino num mundo que vem perdendo sua relação una com a Mãe Terra, promovendo o contato com nosso interior, contribuindo com a ampliação do autoconhecimento.