A formação de professores para a educação inclusiva está prevista no arcabouço de leis que sustentam a educação especial brasileira. A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDBEN) já apontava, em 1996, para a necessidade de professores com formação em nível médio ou superior para atendimento especializado, bem como professores do ensino regular capacitados para o acolhimento dos educandos nas classes comuns. Espera-se que o distanciamento temporal de dezenove anos entre a LDBEN e a Lei de Inclusão, promulgada em 2015, tenha possibilitado a adequação dos currículos das universidades para contemplar a formação inclusiva dos futuros professores. No presente trabalho apresentamos uma análise das grades curriculares dos cursos de licenciatura da Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste), com o intuito de identificar como está sendo abordada a educação inclusiva nas ementas das disciplinas destes cursos. Esta é uma pesquisa qualitativa de cunho exploratório, cuja metodologia se apoia na análise documental, tendo a análise de dados desenvolvidas utilizando as estratégias preconizadas na técnica de análise de conteúdo. Analisamos as grades curriculares dos cursos de licenciatura da Unioeste com foco nas ementas de suas disciplinas, buscando identificar e caracterizar as disciplinas relacionadas à abordagem da Educação Inclusiva. Para o procedimento de análise, nos baseamos nas ideias da técnica da análise de conteúdo, com a identificação de unidades de contexto (UC) e unidades de registro (UR), que permitiram elencar as principais características do corpo de assuntos das ementas. Da análise das ementas, observamos que características listadas nas UC são compatíveis com os saberes docentes para a educação inclusiva elencados na literatura. Embora a ênfase nas UC não se apresente de forma homogênea, averiguamos que na maioria dos Cursos de Licenciatura as UC são contempladas, de forma que os saberes dos docentes necessários para uma educação inclusiva são atendidos.