Sabe-se que os anos de 2020 e 2021 foram marcados por grandes acontecimentos, mas o mais considerável deles foi a pandemia ocasionada pela Covid-19, atingindo vários setores, como político, econômico, educacional e cultural. Ainda no ano de 2022, as consequências desse fenômeno fazem parte da vida dos seres humanos. Especialmente, no âmbito educacional, observa-se que há danos presentes recorrentes de um ensino remoto. Por decorrência desses fatos, as produções jornalísticas, redes sociais e os meios de comunicação embarcaram-se nessa nova perspectiva, trazendo muitas expressões novas e ressignificando outras. Com isso, foi muito comum depararmo-nos com vocábulos como isolamento, isolamento social, quarentena, home office, lockdown, paciente sintomático, distância social, álcool em gel, máscara, auto isolamento, paciente assintomático, grupo de rico, surto, triagem, estado de calamidade, EPI, dentre outros. Contudo, ainda são sinônimas ou mesmo confusas para muitas pessoas. Logo, temos uma gama de novas expressões surgindo diariamente e algumas se consolidado, dado seu uso repetitivo, mas algumas se perdendo em meio a tantas informações. Nesse intento, o objetivo deste estudo é discutir o caráter dinâmico de transformação da língua ao longo de seu percurso histórico, com ênfase nas transformações linguísticas decorrentes da pandemia da Covid-19. Trata-se de uma revisão narrativa da literatura, fundamentada em autores como Antunes (2003), Bakhtin (1981) e Câmara Jr (1977). Ao final do estudo, foi possível evidenciar que o estudo de formação de palavras contribui de forma significativa para a herança cultural, sendo que neste caso específico, ocasionado por uma pandemia que atinge a população a nível mundial; a falta de materiais ligados ao surgimento de vocábulos, relacionadas a uma circunstância própria, pode ajudar o ensino de língua.