O Brasil é um país que apresenta condições climáticas que propiciam o desenvolvimento da biodiversidade, na qual também se insere um grande número de espécies de parasitos e vetores. Adicione-se a isso, a existência de fatores socioeconômicos e ambientais que asseguram a ocorrência de diversas parasitoses. Diante disso, é imprescindível tratar sobre esse tema nos diferentes níveis de ensino, com a finalidade de socializar conhecimentos e práticas que resultem na prevenção da transmissão e da morbidade determinada pelas parasitoses. O objetivo desse trabalho é evidenciar a percepção de estudantes do ensino fundamental (EF) matriculados no 7º e 9º anos e do ensino superior (ES) de um curso de licenciatura, a respeito do termo parasito e das doenças parasitárias. A escolha do primeiro grupo se deu pelo fato de constar esse assunto no seu conteúdo de ciências; do segundo grupo por representar os concluintes do EF; e do terceiro grupo por se tratar de futuros professores de ciências e biologia. Aos estudantes do EF foi aplicado um instrumento com questões que requeriam respostas curtas, a respeito do que o respondente entendia por parasito e de exemplos de doenças parasitárias. Para os alunos do curso superior as perguntas foram feitas oralmente, requerendo suas percepções quanto aos parasitos, além do requerimento acerca de exemplos de parasitoses. Os estudantes do EF confundiram parasito com doenças em 37,3% dos casos (n=51); além de terem apresentado outros tipos respostas que não correspondem ao que vem a ser um parasito. Os estudantes do ES fizeram rememoração adequada das doenças parasitárias; embora, alguns deles no início do componente Parasitologia ainda não reconhecessem adequadamente o papel biológico dos parasitos. As respostas dos estudantes do EF revelaram uma deficiência na aprendizagem desse conteúdo o que se constitui um desafio para se fazer um maior investimento no ensino desse assunto.