A fotografia figura como uma das invenções instituídas no contexto da Revolução Industrial, sendo designada enquanto possibilidade inovadora de informação e conhecimento, mecanismo de apoio à pesquisa nos diferentes setores da ciência e como meio de expressão artística. Além disso, a fotografia também tem sido utilizada como recurso didático em sala de aula o que pressupõe compreende-la enquanto fonte significativa à formação humana. Se considerarmos que a sociedade contemporânea está cada vez mais conectada e globalizada, o trabalho com esta fonte torna-se fundamental. O que testemunhamos na atualidade é uma popularização dos mecanismos informacionais, em diversas instâncias do nosso cotidiano, um exemplo disso é a Inteligência Artificial, que apesar de não ser uma novidade, tem ganhado um protagonismo, cuja qual, vem gerando um sistema de alerta. Pensando nisso, este estudo propõe discutir até que ponto a IA pode intervir positiva ou negativamente no processo de ensino/aprendizagem. Nosso objetivo foi problematizar acerca do papel assumido pela fonte fotográfica em se tratando do contexto da IA. Logo, podemos interpretá-la como um instrumento a serviço da alienação ou como um potencial de incentivo a criticidade? Para isso, realizamos uma revisão bibliográfica e fundamentamos nossa pesquisa em autores como Kossoy (2020), Guerra e Marcus Júnior (2023), Sontag (2004), Barthes (2000) e Muanis (2023). Constatamos que a IA, como campo de estudo multidisciplinar, tem promovido avanços consideráveis e, inferimos, irreversíveis, em termos de inovação, eficiência e desenvolvimento. Contudo, quando levamos esse debate para o âmbito educacional, identificamos pontos positivos e negativos, uma vez que, ao mesmo tempo que IA é capaz de promover a instauração de uma aula dialógica, fundamentada na criticidade quanto a veracidade do documento imagético, da mesma forma, a depender de como ocorre a interlocução entre professor-aluno-objeto, o assunto, torna-se, tão somente, um determinismo, resultando assim, numa ótica alienante.