O presente trabalho busca abordar obras literárias clássicas e propor possibilidades de adaptações intersemióticas em sala de aula com o auxílio de recursos tecnológicos analógicos e digitais. As adaptações intersemióticas estão presentes mais do que nunca em nossas vidas, é incontestável sua expansão de domínio em algumas áreas, como no cinema. Brito (2006, p. 143) expõe que “na história do cinema o número de adaptações ultrapassa em muito a quantidade de filmes com roteiros originais”. Este processo de constante diálogo e reinvenções são praticamente inesgotáveis, pois sabemos que as adaptações têm sido frequentes em nossa contemporaneidade, abrangendo múltiplas linguagens, como o cinema, a televisão, as histórias em quadrinhos e, recentemente, as mídias digitais, que veiculam conteúdos como audiobooks de livros clássicos e contemporâneos como uma forma de contato com a literatura, por meio da oralidade, à qual muitas vezes se acrescentam imagens estáticas ou animadas. Assim, a leitura de textos literários não ser deve vista como algo estático, homogêneo e inerte, incapacitando o leitor a produzir, com outras semioses, novas releituras e produções/adaptações. A leitura dialogada aponta “a leitura intertextual”. Os objetivos deste trabalho são: propor adaptação intersemiótica com recursos analógicos e digitais em sala de aula; refletir sobre os benefícios destas adaptações para a formação de leitores; e sugerir algumas adaptações possíveis.