A comunidade transexual percorrer uma história de invisibilidade em sua trajetória, esta sofre violências e perseguições que são decorrentes do preconceito enraizado na sociedade brasileira que historicamente estigmatiza estas pessoas, os inserindo em bolhas sociais a margem da sociedade. Em um cenário de lutas para sobreviver e viver, este trabalho emerge com relatos de pessoas da comunidade transexual, sobre como foram suas trajetórias desde a infância e como foi seu entendimento como pessoa transexual, suas lutas e suas vitórias enquanto um corpo que simboliza resistência. Este estudo foi elaborado em torno de uma pesquisa qualitativa, tendo como objetivo o enriquecimento da vivência sobre a transexualidade por graduandos de Licenciatura em Ciências Biológica da Universidade Federal de Alagoas/Unidade Penedo. Ao encontrar- se diante destas pessoas e ao ouvir seus relatos de trajetórias marcadas impasses e lutas por espaço e voz dentro da sociedade, mostra-nos uma longa caminhada para haja justiça social, que só será possível ser efetiva e vista, com a quebra da resistência social por partes das pessoas que não fazem parte da comunidade, mas que são também frutos de uma sociedade criada sobre os pilares do separatismo. Diante disto, podemos perceber que o papel do docente de ciências e biologia dentro da comunidade escolar que muitas vezes é central no desenvolvimento projetos e atividades de forma transversal, sendo fundamental para uma educação sexual e sexualidade na formação cidadã.