O ato de aferir a aprendizagem se caracteriza como sendo algo indissociável do processo de ensino. Ele se faz necessário, uma vez que é através dele que o docente consegue realizar um diagnóstico a respeito do grau de aprendizagem dos seus educandos. No entanto, essa é uma prática que deve ser realizada pelos professores, evitando que a avaliação se transforme em um instrumento de classificação e exclusão. Desse modo, entendemos que a Educação Básica brasileira deve fomentar o desenvolvimento da expressão oral dos alunos no processo de aprendizagem da língua materna. É com base nesse pensamento que nos propomos a realizar o presente estudo que tem como objetivo pesquisar as práticas avaliativas que contemplam o eixo da oralidade, conforme previsto pelos PCN (Brasil, 1988) para o ensino de Língua Portuguesa, doravante LP, utilizadas pelos professores de LP na cidade de São José do Piauí. Para isso, pretendemos identificar as atividades centradas no eixo oralidade e indicar como se dá a avaliação desse eixo de aprendizagem. A metodologia utilizada para a construção do trabalho se pauta em uma pesquisa de campo, visto que os resultados advêm da coleta de dados fornecidos por questionários respondidos por professores de LP da rede pública de ensino. Para fundamentar as discussões foram usadas as teorias de Hoffmann (2001), Luckesi (2013), Marcuschi (2010) e Vasconcelos (2004), dentre outros. A partir da realização da pesquisa pretendemos apontar que apesar de os métodos avaliativos em sua maioria centrar-se no uso da modalidade escrita da LP, isso devido às concepções tradicionais do ensino de LP, é possível notar um movimento dos professores para a introdução e valorização da oralidade no processo de ensino e consequentemente nas práticas avaliativas.