Artigo Anais do X Congresso Nacional de Educação

ANAIS de Evento

ISSN: 2358-8829

A UTILIZAÇÃO DA ANTROPOMETRIA E SINAIS VITAIS EM AULA PRÁTICA DE FISIOLOGIA HUMANA NO ENSINO MÉDIO: UMA FERRAMENTA NA PREVENÇÃO DE DOENÇAS CRÔNICAS EM ADOLESCENTES

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Publicado em 08 de novembro de 2024

Resumo

Atualmente, a maior parte das pesquisas sobre hipertensão e doenças cardiovasculares focam em adultos e idosos, existindo uma quantidade ínfima desses estudos em adolescentes. Apesar disso, a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) estima que a hipertensão tem prevalência de 5 a 15% em crianças e no grupo em questão, tendo crescimento alarmante associado ao sobrepeso e à obesidade. Na educação básica, aulas práticas com o uso de dados antropométricos e sinais vitais podem ser úteis no processo de ensino-aprendizagem de conceitos fisiológicos, tal como na prevenção de doenças crônicas. Cientes desta possibilidade, objetivou-se verificar estes dados de estudantes do ensino médio durante as aulas práticas de fisiologia humana, a fim de discutir conceitos do sistema cardiovascular e doenças associadas. Inicialmente, foram mensurados peso, altura, pressão arterial, frequência cardíaca e temperatura corporal de 79 estudantes voluntários. Com os dados obtidos, os alunos associaram os riscos de doenças cardiovasculares, obesidade e hipertensão, com os valores de referência da Organização Mundial da Saúde (OMS). Ademais, foram realizadas análises estatísticas descritivas e inferenciais como o teste de correlação de Pearson entre as variáveis IMC e hipertensão. Por fim, as análises indicaram que 20% dos adolescentes da amostra foram classificados como hipertensos e há uma correlação positiva entre o aumento do IMC e da pressão arterial. No entanto, destaca-se que essa prática não visou realizar diagnóstico, mas discutir aspectos fisiológicos e correlações com algumas doenças crônicas. Ainda assim, os dados podem ser utilizados como indicativos e estão próximos das estimativas da SBP sobre hipertensão entre jovens, o que chama a atenção dos discentes aos fatores de risco. Com esta experiência didática, foi possível ratificar o uso da antropometria e dos sinais vitais em aulas práticas como um método eficiente, pois gera engajamento, participação da turma, aprendizagem dos conceitos abordados e reflexões sobre a saúde preventiva.

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