A Pandemia de COVID-19 mudou o cotidiano de alunos e professores, com a suspensão das atividades presenciais nas instituições escolares, sendo necessário buscar estratégias urgentes de reorganização diante das novas exigências educacionais e para manutenção dos vínculos à distância. A proposta deste relato é descrever experiências vivenciadas entre professoras e escola em tempos de Pandemia e de suspensão das atividades presenciais. Trata-se de um trabalho descritivo, do tipo relato de experiência, vivenciado por duas coordenadoras pedagógicas com professoras da Rede Municipal de Fortaleza, em instituições escolares localizadas na periferia de Fortaleza. Um Centro de Educação Infantil - CEI que atende crianças entre 01 a 05 anos em tempo integral e uma escola que atende crianças da pré-escola entre 04 a 05 anos, ambas localizadas na periferia. O corpo docente era composto por professores efetivos e substitutos. Para que a escola se mantivesse viva e cumprindo sua função social, apesar do distanciamento social, evidenciou-se o grande desafio de criar estratégias para manter os vínculos entre escola e professores. Ressalta-se que a coordenação pedagógica tem como uma das suas funções a formação continuada de docentes e que diante da nova realidade deveria não somente formar o professor para migração ao atendimento remoto, mas acompanhá-lo de forma a garantir que as interações e vínculos permaneçam entre criança-professor e professor-escola. Usou-se como estratégia as formações em contexto, rodas de conversa e acompanhamento ao planejamento, utilizando videoconferências e aplicativo de mensagens. Os resultados evidenciam que a manutenção de vínculos entre professores e escola possibilitou um fortalecimento do fazer pedagógico. A conservação das interações entre professores proporcionou um aporte para superar desafios emocionais, metodológicos e tecnológicos. Este trabalho faz parte da pesquisa guarda-chuva: Escola, pós-pandemia e promoção de saúde, vinculada ao Laboratório de Psicologia em Subjetividade e Sociedade – LAPSUS da Universidade Federal do Ceará, financiada pelo CNPq.